OUTUBRO ROSA. ATOS DE AMOR.

Eu abro minhas mídias sociais e só vejo coisas do Outubro Rosa. Muitos posts são vagos, não falam exatamente sobre o autoexame e como fazê-lo, mas este é o mês dedicado a chamar atenção para a PREVENÇÃO.

Eu não sei se vocês sabem, mas em final de 2016 eu fui diagnosticada com um câncer de mama, descoberto num exame de rotina (preventivo), o que fez toda a diferença no tratamento (nem precisei quimioterapia) e nas estimativas de cura. Eu sou meio descuidada com o autoexame, mas sou super cuidadosa com as minhas consultas anuais de prevenção – faço checkup todo o ano perto desta época.

Então eu fiquei pensando em nós mulheres, nessa coisa de cuidar de todo mundo, de correr como umas loucas para equilibrar carreira, vida familiar, filhos, amores, sonhos a realizar. E o quanto não nos priorizamos, o quanto “engolimos” esta falácia do Patriarcado de que mulher “é forte, aguenta tudo”. O quanto engolimos a exaustão e vamos lá ser tão competentes.

E fico triste em pensar no custo que isso tem, fisicamente, emocionalmente, energeticamente.

Meu processo de cura foi maravilhoso. Eu tinha um seguro que me permitiu me afastar um ano do trabalho, tirei o tal “ano sabático” onde – sem as pressões costumeiras – fiquei incrivelmente criativa. Nunca escrevi e pintei tanto, nunca criei tantas fórmulas, o Kit Jornada de Cura e Oráculo da Jornada de Cura foram criados como um “caminho” nesta época.

Mas eu sou a exceção, da exceção, da exceção. Dois anos antes tive uma intuição que precisava de um seguro para o caso de eu ficar doente (todos os bancos tem, é para profissionais liberais). E eu sigo minhas intuições. Mas quantas mulheres têm na doença esta OPORTUNIDADE que eu tive – de parar tudo, de olhar pra mim, de me dedicar a entender os conflitos emocionais não resolvidos que tinham gerado aquela doença? De lidar com este diagnóstico impactante – “câncer” – com toda a minha dedicação e tempo para me fortalecer?

Quase ninguém.

Vi outro dia um quadrinho que era assim: de um lado estava escrito “mulher com câncer” e o desenho era uma mulher de lencinho na cabeça, com um filho na mão, no supermercado. E no outro lado era “homem com gripe” e o desenho era um homem que parecia à beira da morte.

Pode ser que a intenção da tirinha fosse enaltecer a mulher, mas o que eu vi foi esta noção tão arraigada que mulher “não pode se dar ao luxo” de se cuidar, de se amar, de se escutar, de parar tudo para curar a si mesma, de ser e ou de se sentir vulnerável.

Então neste Outubro Rosa eu quero recomendar mais do que autoexame nas mamas e exames anuais regulares. Eu quero recomendar que minhas irmãs mulheres se olhem com mais amor, se permitam mais autocuidado, que – simplesmente – se tratem com o mesmo cuidado, carinho, atenção e amor que tratam as pessoas que mais amam.

Isso mesmo, queridas irmãs, façam o ato de amor de se tratar da mesma maneira que tratam quem é a pessoa mais importante da sua vida. Vai ser uma revolução!

 

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