HERANÇAS TRANSGERACIONAIS.

 

A presença dos Ancestrais

Partindo da ideia de que você é responsável pelas suas escolhas, sua família, então, é uma das mais importantes. Segundo Bert Hellinger, psicoterapeuta alemão criador da terapia sistêmica familiar, mais conhecida como Constelações Familiares, é na família e na ancestralidade que reside uma boa parte de nossas dificuldades, que impedem a realização de uma vida mais plena.

Freqüentemente, quando nos vemos diante de traumas repetitivos ou situações onde, por mais que trabalhemos em terapia não conseguimos resolver, onde há muita consciência, mas não se consegue compreender o “gatillho” que gera o comportamento negativo, podemos estar lidando com um padrão familiar herdado. É como se esta informação estivesse presente no campo familiar. Uma cliente me relatou recentemente que, ao realizar uma das vivências do Círculo da Abundância, teve a “informação” que o padrão descontrolado no uso da energia do dinheiro (que era o foco escolhido), era uma questão para as últimas 11 gerações da família da sua mãe. Após entender o tipo de medo que estava envolvido e, durante uma das vivências ter “conversado” com este grupo de parentes, sua capacidade de lida com o dinheiro de mostrou muito diferente.

Para a teoria das Constelações Familiares, quando alguém está diante de processos emperrados e que drenam muito da energia de vida da pessoa, possivelmente está retomando, inconscientemente, o destino de um familiar que viveu antes dele. Existe uma conexão que vai além do tempo e espaço, mas está presente no campo da família – algo próximo da abordagem dos campos morfogenéticos desenvolvida pelo biólogo inglês Ruppert Sheldrake*. A técnica das Constelações Familiares tem suas bases no pensamento sistêmico formulado inicialmente por Gregory Bateson nos últimos 30 anos e que já foi colocado em prática e desenvolvido por outros terapeutas.

O termo que Hellinger usa é “emaranhamento familiar”, que faz com que um padrão se repita nos membros de uma mesma família, quando as coisas foram, digamos, mal resolvidas no passado. Um exemplo que o terapeuta alemão nos dá é um tanto assustador: durante os últimos 100 anos, três homens de várias gerações de uma família se suicidaram com 27 anos de idade no dia 31 de dezembro. Uma pesquisa no passado dessa família revelou que o primeiro marido da bisavó tinha falecido com 27 anos no dia 31 de dezembro. Ele tinha sido provavelmente envenenado pela bisavó e seu segundo marido. Hellinger estava tratando de um dos descendentes que tinha sintomas depressivos e quase cometeu suicídio. Adivinhe em que idade e data? Com 27 anos e no dia 31 de dezembro.

De acordo com esta terapia, a linhagem familiar envolve:

  • Os filhos, inclusive os natimortos e os falecidos
  • Os pais e seus irmãos
  • Os avós
  • Algumas vezes ainda um ou outro avô ou avó e também ancestrais que estão ainda mais longe
  • Todos – e isto é especialmente significativo – aqueles que deram lugar para a vantagem dos membros mencionados anteriormente, principalmente parceiros anteriores dos pais ou avós, e todos aqueles que através de sua infelicidade ou morte a família teve vantagem ou lucro.
  • As vítimas de violência ou morte causadas por membros anteriores dessa família

No passado da família, Hellinger identifica fatos externos significativos como mortes, separações, hospitalizações, crimes e injustiças. Para ele, o paciente assume três dinâmicas básicas inconscientes: 1) ele acompanha o destino do familiar. 2) Ele se sacrifica no lugar desse membro da família. 3) Ele assume a culpa desse membro ou da omissão familiar em relação a ele.

Nas palavras de Hellinger: “Nos sistemas familiares, freqüentemente, uma outra pessoa assume o destino rejeitado ou a culpa recusada por alguém. Isso tem efeitos duplamente nefastos. Um destino alheio ou uma culpa alheia não nos dá força, pois só são capazes disso o nosso próprio destino e a nossa própria culpa. Ao mesmo tempo, enfraquece-se a própria pessoa cujo destino ou cuja culpa assumimos, pois eles também perdem força para ele”.

O processo de cura nessa terapia envolve a formação de uma Constelação Familiar. Isto é, o paciente reconfigura sua família junto com o terapeuta e um grupo de

desconhecidos, que assumem os papéis dos membros da família, ritualizando processos de perdão, de acolhimento e de reconhecimento do passado.
Você pode fazer isso igualmente durante os seus rituais do Círculo, aproveitando a abertura do Espaço Sagrado e se abrindo para que esta informação chegue até você. Então pode “conversar” com o parente causador do ciclo de repetições e se libertar, deixando vir frases e diálogos com o parente.

Ok, respire fundo. Talvez isso tudo seja demais para você. Agora você tem que falar com ancestrais que nem sabe que existiram e que estão impedindo o seu processo de abundância? Lembre-se: mantenha a mente aberta e o pensamento divergente. Nossa tarefa aqui é disponibilizar a você um vasto molho de chaves e ver qual delas é a que vai abrir as portas em seu intrincado processo evolutivo nas questões que envolvem a abundância em qualquer área de sua vida.

Porém, pense nisso: a quem você se sente especialmente ligada (o)? Quem você não consegue deixar para trás e com isso desemperrar a roda da vida?  Você está tentando realizar um destino que não é o seu?

Quando nos esquivamos do que é pesado, pecaminoso ou agressivo, perdemos justamente o que queríamos conservar: nossa vida, nossa dignidade, nossa liberdade, nossa grandeza. Somente aquele que se defronta com as forças obscuras, e as aceita, permanece em contato com as próprias raízes e com as fontes de sua força. Tais pessoas não são simplesmente boas ou más. Estão em sintonia com algo maior, com sua profundidade e força.” (Bert Hellinger)

* Os Campos Mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento dos sistemas do mundo natural. Átomos, moléculas, cristais, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários e solares: cada uma dessas entidades estaria associada a um campo mórfico específico.

Mórfico: vem da palavra grega Morphe que significa forma. Os campos mórficos ou morfogenéticos são campos de formas; padrões ou estruturas de ordem. Cada tipo de molécula, cada proteína, por exemplo, tem seu próprio campo mórfico. Estes são os campos que ordenam as formas de toda natureza.

 

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